Friday, March 22, 2013

Vazio mas tão cheio...



Vazio mas tão cheio…
Vazio mas tão cheio me sinto
Sinto e algo pressinto…
Pressinto algo no meu íntimo…
Repleto de intensidade, dotado de enorme significação
Um sentimento… Um sentimento chamado paixão
Vazio me sinto de não o poder viver a toda a hora
Mas cheio me sinto também… Por saber que o mesmo se vive pela vida fora
Vazio me sinto da certeza e da sua medida
Mas cheio estou em saber: em saber que o mesmo me acompanha na vida
Um afecto e uma sensação
Muito mais fortes… Que rasgam toda e qualquer convenção
Vazio me sinto, ou pareço me sentir, sem as energias
Para viver cheio a paixão: a paixão e as suas alegrias
Sinto que tudo evolui de forma voraz
Voraz e sinto em mim força para de tudo ser capaz
Capaz de levar a efeito… A efeito para poder afirmar
Que não me sinto tão vazio… Porque estou cheio de vontade de amar
Amar… Amar e poder ser amado
Dualidade bela… Bela manifestação de algo acordado
Com o ser que nos complementa
Aquele com o qual a gente se senta
Senta a falar tempos sem fim
Aquele com quem queremos criar as raízes de um imponente jardim
Com as flores da pureza e da verdade
Com os jacintos e as rosas da humanidade
Que se quer bem-me-quer da universalidade
De algo tão certo, quanto dotado de seriedade
O viver algo… algo para a eternidade
Porque eu não quero ser vazio
Porque desse modo sinto frio
Quero ao invés ser cheio
E poder viver um amor… manancial repleto de imenso recheio
Recheio fascinante… Recheio sem mácula ou receio
Porque ser cheio é ser pleno
Pleno para se viver um amar… amar de modo feliz e sereno…
João Paulo S. Félix 

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