Se faz sentido... É para ser vivido...
Na vida que vivemos
Naquela que não escolhemos...
Na qual nascemos
Sem dizer que a queremos...
Sem estarmos preparados
Somos no mundo colocados...
Depois de atos muito amados
Dos nossos progenitores...
E nos fervorosos calores
Deram corpo a um ser...
A nós, ao nosso acontecer
E somos fadados...
E pelo destino talhados
A só ter uma humana vivência...
Que deve ser vivida com irreverência
Para saborear do mundo a sua essência...
E da Terra o seu sumo
E ver em tudo... substância de consumo...
E nos sentimentos
Vitais acontecimentos...
E em cada acordar
Oportunidade a não desperdiçar...
Porque podemos a noite não conhecer
E antes que venhamos a eternamente desvanecer...
Saibamos ter a coragem de dizer
Que amamos e desejamos...
Que queremos e sublimamos
Que nos faz falta ao existir...
Porque sem um ser para nos assistir
A vida perde o sabor e a flagrância...
Porque perde a sua exuberância
Porque se faz em nós algo pulsar...
É porque é algo de fascinar
Porque se nos arrebata...
É em nós um nó que se desata
Porque se faz bem ao coração...
Que não percamos a ocasião
De ser feliz...
E ouvir o que o outro diz
Por palavras, atos ou omissões...
Que vejamos nos sinais as declarações
De querer também o patamar...
Da felicidade: seja ou não no altar
Que seja sim amor...
Que seja algo de tremendo valor
Porque se nos toca...
É porque nos convoca
Porque se nos faz ver o mundo colorido...
É amor altivo, amor de arrepio de desejo florido
Porque se faz sentido... É para ser vivido...
João Paulo S. Félix
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