Quanto...
No final do dia em que puxo pelo pensamento
No final do dia em que se cumpre isolamento...
No final da jornada que virá com nova alvorada
Dou por mim no ato da
escrita apaixonada...
Sempre querida, sempre desejada
Para dizer de forma inflamada...
O que vai no meu ser
E para fazer
Surgir...
Algo que tenho em mim a explodir
Um ato de altiva filosofia...
No silêncio da noite que trouxe o dia
E perguntar...
Quanto amor cabe no ato de amar
Quanto sentimento cabe no ato de beijar...
Quantas palavras cabem no simples gesto de olhar
Quanto fervor no ato de acariciar...
E quanto tempo
Porque desejo tirar isto a limpo...
Quanto tempo cabe no tempo de amar
Quantos acontecimentos existem a pulsar...
E quantos frames acontecem
Feitos com a ternura que as horas não desvanecem....
Mas antes tendem a fazer perdurar
Como realidade feliz ao ato de amar...
Quanto tempo há nos minutos
Em que trocamos gestos mudos...
E nos entregamos nos corpos nudos
Aos desejos e prazeres...
E dão vida e alento nos humanos afazeres
Porque é na nossa inflamação...
Que dilaceramos toda e qualquer inflação
E queimamos toda e qualquer tribulação...
É no amor fervoroso que sentimentos
E do mesmo não desistimos...
Amor que queremos tornar maior
E altivo... de imensurável valor...
Porque queremos na História o nosso lugar
Em que a felicidade nos venha a bafejar...
E jamais nos venha a segregar
Mas antes a cada vez mais nos mesclar...
Unir e fazer ter sentido
Porque somos o hino mais esplendido...
Porque somos a garantia e a certeza
De amor leve, profundo e de pureza...
Um amor de doce eternidade
Um amor sem ocaso de vitalidade...
Porque somos amor que afasta o pranto
Porque somos amor e isso é certo mas... Quanto...
João Paulo S. Félix
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