Pureza das coisas belas...
Invade-me a noite para escrever
E deixo fluir o que tiver de ser...
Que saia enquanto inspiração
Inspiro: que ousada missão...
Mas a ela me lanço
Tomo humano e mental balanço...
Para as mãos demandar
Para a tarefa a principiar...
Gostava de poder deixar
Deixar escrito para perpetuar...
E ser marca pessoal
Emoções e sentimentos de forma sensacional...
Deixar um legado de otimismo
Que arrebata com o que vitimismo...
Vitimismo e fatalismo
É tempo de fazer correr...
E cada letra fazer aparecer
Para me fazer surgir...
No que quero transmitir
Transmitir a paz...
E o que ela nos traz
A bonança...
Que combina com segurança
Aquela que queremos sentir...
Num abraço que se queira abrir
E nele podermos fazer ancorar...
Quem queremos acarinhar
E poder nesse ato alentar...
Para as vivências vertiginosas
Para as lacunas ardilosas...
Poder criar
Doce atmosfera a pairar pelo ar...
No qual com laivos primaveris
Sentimos o que nos faz feliz...
Numa troca de olhares infernal
Aquela intensa e deveras especial...
Aquele falar sem nada dizer
E tudo fazer acontecer...
Com o toque, com o gesto
Simples, terno e honesto...
Sem deixar nenhum resto
Porque se comete a alarvidade...
De devorar com saciedade
Do amor e da paixão...
A plenitude ao coração
Que a tudo dá razão...
Ao que dizemos
Ao que segredamos...
Ao que desvendamos
À luz do dia ou de incandescentes velas
Para podermos falar: da pureza das coisas belas...
João Paulo S. Félix
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