Sinto…
Sinto em mim
Eu humano ser neste
mundano jardim sem fim…
Sinto algo no meu ser
Que me leva a
escurecer…
Que me leva a não
aguentar
E a lágrima fazer
derramar…
Sinto em mim com
verdade
De ti imensa saudade…
Saudades tuas e de
nós
Do viver elementos
que não nos deixam sós…
Porquê sentir
saudade?
Sentimos saudade como
a crua realidade…
De sentir a falta de
alguém
Que nos completa e nos contém…
A alma, o pensamento,
o coração
Alguém que nos ajuda
no combate à solidão…
Saudades tuas sem
cessar
Que um dia vieste o
meu dia alegrar…
Alegrar, encher
Encher e preencher…
Tu que és a
totalidade
Do meu ser até à saciedade…
Saudades do que
vivemos
Saudades do que fizemos
acontecer…
Saudades até do que
ainda podemos fazer surgir
Para a nossa vida nos
voltar a sorrir…
Porque és tu minha
condição
De existência nesta
enorme e cósmica dimensão…
Porque és tu sem
vacilar
Que me leva a querer
amar…
Amar e ser amado
Porque és tu quem me
concede…
A água que mata a
minha sede
Porque és na minha
vida o meu alento…
Porque és tu o humano
sentimento
Porque és tu causa de
todo o meu pensamento…
Porque é tudo isto
por ti: não minto
Porque é por ti: tudo
isto que sinto…
João Paulo S. Félix
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