Douro de eternidade…
Amanhece em ti um
novo dia
Em ti lugar de cada
colina esguia…
Amanhece em ti meu
Douro
Lugar mágico infinito
tesouro…
Douro onde os teus
socalcos aos Céus erguidos
São como os formosos
femininos seios despidos…
Douro onde são em ti
trabalhados
Os terrenos dos
nossos antepassados…
Douro que és violado
E a ti é sempre
retirado…
O teu maior segredo
Causa do humano
degredo…
Douro que a ti é subtraído
O teu néctar para ser
bebido…
Que é raptado das
videiras
Cultivadas e cuidadas…
Anos e semanas
inteiras
Para delas se furtar…
Os cachos de uvas que
se vão triturar
Triturar e esmagar…
Ao ponto de cada bago
fazer chorar
Para o doce e
esperado líquido verter e derramar…
Liquido que depois
vai a repousar
Para nos copos se vir
a tornar…
Ocasião de prazer:
momento para festejar
Douro que és nosso e
imortal…
Douro onde os antigos
te fizeram memorial
E espaço sagrado da
cultura do vinho e do espanto…
Em cada quinta, em
cada curva ou recanto
Douro lugar de culto
e tradição…
Que dos teus
visitantes és perdição
Oportunidade de
exaltação…
Em cada trilho por
eles realizado
Em ti: terreno santo e
sublimado…
Por história, pelos
rebelos e pela Ferreirinha
Que em ti fez do
Marquês rei e a sagrou rainha…
Em ti Douro único e mundo
fora de banalidade
Tu que és Douro: um Douro
de eternidade…
João Paulo S. Félix
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