Desejos infernais...
Vem na noite dos tempos perdidos
Vem na noite dos nossos sarilhos...
Aqueles em que abrimos as portas
Às hostilidades deliciosas...
Àquelas que mexem intensamente
E quebram o sentimento de estar e ser carente...
Vem para sermos bagunça
Vem para sermos segurança...
Vem na escaldante vontade
De dar corpo aos corpos em liberdade...
Vem amor
Imploro por favor...
Que não haja demora
Para vivermos algo sem hora...
Vamos criar a confusão
Sim: deixa a roupa caída pelo chão...
Como se nos despíssemos do mundo exterior
Para viver com fervor...
O excitante e exuberante
O nosso amor alucinante...
Vem amor consumir cada bocado
Vem amor fica do meu lado...
Despojar dos vícios e do mundano lixo
E devora-me ao sabor do teu capricho...
E faz de mim o teu boneco de prazer
Que tudo faça acontecer...
Faz do gemido a tua voz
Vem amor: tenho medo de estar a sós...
Vamos intensificar a intensidade
Do amor sem lugar ou idade...
Anda, não pares nem vaciles
Sê exigente: não facilites...
Que prazer deleitoso
Este acontecimento amoroso...
Que magnetismo nos atrai
E não nos retrai...
Nos solta para a concretização
Da entrega ao amor de paixão...
Sôfrego e acalorado
Sentido e apaixonado...
Porque quero a consumação
Do nós até à nossa exaustão...
Porque sou teu: porque somos seres especiais
Na entrega ao amor... Nos desejos infernais...
João Paulo S. Félix
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