Odisseia pelos sentimentos...

Odisseia pelos sentimentos...

Deambulo no humano pensamento

Onde tens o teu total acampamento...

Onde tens todos os tempos

Ontem tens teus todos os momentos...

Onde digo com a sinceridade

Que te amo com a marca de toda a verdade...

Porque és tua a minha alegria

Porque me dás as noites nossas de cada dia...

As noites e os desejos exacerbados

Dos beijos languidos e estimulados...

Que nos levam a soltar suplicantes brados

Brados com as vontades...

Das entregas fascinantes

Para sermos unos...

Para sermos imunes e infinitos

Na cumplicidade...

Na felicidade

No trilho caminhado...

No que foi desabafado

No que foi tornado comum...

Que torna dois num

Num ser: criação implacável...

Um ser deveras admirável

Dois num ser...

Capaz de tudo fazer acontecer

Para o doce bem-estar...

De um amor terno e ímpar

Um amor de fraternidade...

Um amor feito sentimento sem idade

Um sentimento feito nossa realidade...

Amor

Ai amor de mil e uma cor...

Que dás motivação

Que dás energia ao coração...

Para bater para além da humana exaustão

Para sermos eternidade...

Para sermos narrativa memorável

Para sermos algo de admirável...

Um sentimento de valor incalculável 

Para sermos causa de contentamentos...

Para esta ser sempre a nossa: odisseia pelos sentimentos...

João Paulo S. Félix 

 

Escarpas de sedução...

 Escarpas da sedução...

Quanto altivo erotismo

O que acontece e silencia o abismo...

Erotismo de charme e tentação

Quando dás as roupas ao chão...

Quando expões o teu corpo de mulher

Um corpo que faz amanhecer...

A vontade e o frenético ensejo

De cometer ardiloso desejo...

De te tocar

De sentir o corpo que se veio a desnudar...

O teu: o corpo que quero amar

E quero mais que tudo na humana existência...

Porque se não for para tal ciência

Prefiro a mortal precipitação...

Porque quando se erguem os teus seios

Imaculados e formosos...

Que quero cobri-los de beijos

Beijos e das vontades...

Cometer as pecaminosas realidades

Nesse teu vale de perdição...

Que faz pulsar o coração

E querer o brado soltar...

Feito gemido para o mundo escutar

No momento da descoberta...

Do teu corpo feito província aberta

Para a conquista e corte de sensualidade...

Com olhares inflamados de crueldade

De criar a pureza da bondade...

No amor

No esplendor...

Do prazer

Que faz viver...

Que faz não querer

O rumo perder...

Do amanhecer

Para sempre fazer...

Fazer acontecer

Um nós...

Que nos faz fugir do estar a sós

Um amor concretizado com perfeição...

Nas tuas escapas da sedução...

João Paulo S. Félix 

Desejos de exaltação...

Desejos de exaltação...

Corrompido estou pela vontade

De fazer nossa a doce realidade...

Do beijo de sofreguidão

O que cura a dor e a solidão...

O poder sentir no beijar

A energia terna a me tomar...

Para com ela te adoçar

E curar a tua mágoa...

E qualquer ferida que te doa

E poder saber com o beijar...

Que pecados tendes a confessar

E quantas ensejos queres consumar...

Queres e queremos

Porque do mesmo mal sofremos...

Porque somos metades imperfeitas

Que juntas se unem e se tornam as eleitas...

Para a vivência do colossal

De algo realmente especial...

O toque, o gesto o olhar

O abraço, o desejo de gemer para o ar...

Os gritos da luxúria de prazer

Que te realizam enquanto mulher...

E me agigantam enquanto másculo ser

Por saber o que veio a acontecer...

Foi resultado da feliz junção

Dos nobres fluidos da paixão...

Mesclados com o suor

Feito dor de intenso furor...

Porque somos juntos consumação

De vontade feliz de coração...

Porque na nossa entrega 

O amor se recebe e nada se nega...

Porque juntos somos força que tudo regenera

Porque contigo fundo nova era...

Em motivação

Em vontade e inspiração...

Porque o nosso amor

É intensidade de vida de esplendor...

Porque quando na mutualidade

Nos damos ao amor sem idade...

Fundamos a mesma realidade

A que queremos nossa para toda a eternidade...

Porque te amo até à exaustão

Porque somos... os desejos da exaltação...

João Paulo S. Félix  

Vontades eletrizantes...

 

Vontades eletrizantes...

Conspurca-me a vontade de te ter

Sim: ter, ver, de ti viver...

De me alimentar do teu cárneo elemento

Aquele que é meu alento...

Aquele que é o meu alimento

Suculento...

E saciar-me em compasso lento

Faz o meu: sei ser tua vontade...

Vem: faz tudo à tua liberdade

Viola a minha integridade...

E vivamos a divina imoralidade

Vem sedenta...

Faz do meu corpo a tua sebenta

E nele escrevinha o teu nome...

Sim mata comigo a tua fome

Vamos elevar ao máximo os decibéis...

Nos gemidos ardentes e incríveis

Que saiam das nossas bocas inflamadas...

Dos corpos feitos fornalhas

Incessantes e em chamas cósmicas...

Para satisfazer as vontades mais sórdidas

Anda não pares, não agora...

Faz tudo sem demora

Não ligues ao que se passa lá fora...

Centra as forças e coragem

Vamos sublimar a imagem...

Do amor na entrega

Faz-me tudo: não te dou nega...

Faz de mim um fantoche de prazer

E vamos juntos enlouquecer...

Na luxúria do querer

Mais sem tempo perder...

Mais 

Com uis e ais...

Soltos nos dedos a escorregar

Pelos corpos suados de tanto amar...

E os cabelos desalinhados

Dos amores dos amados...

Quanto requinte de fascínio

Este amor nosso tão casto e pio...

Porque é o amor real de frames vivificantes

É o amor eterno e de momentos fascinantes...

É o amor feito... Vontades eletrizantes...

João Paulo S. Félix

Desejos infernais...

Desejos infernais...

Vem na noite dos tempos perdidos

Vem na noite dos nossos sarilhos...

Aqueles em que abrimos as portas

Às hostilidades deliciosas...

Àquelas que mexem intensamente

E quebram o sentimento de estar e ser carente...

Vem para sermos bagunça 

Vem para sermos segurança...

Vem na escaldante vontade

De dar corpo aos corpos em liberdade...

Vem amor

Imploro por favor...

Que não haja demora

Para vivermos algo sem hora...

Vamos criar a confusão

Sim: deixa a roupa caída pelo chão...

Como se nos despíssemos do mundo exterior

Para viver com fervor...

O excitante e exuberante

O nosso amor alucinante...

Vem amor consumir cada bocado

Vem amor fica do meu lado...

Despojar dos vícios e do mundano lixo

E devora-me ao sabor do teu capricho...

E faz de mim o teu boneco de prazer

Que tudo faça acontecer...

Faz do gemido a tua voz

Vem amor: tenho medo de estar a sós...

Vamos intensificar a intensidade

Do amor sem lugar ou idade...

Anda, não pares nem vaciles

Sê exigente: não facilites...

Que prazer deleitoso

Este acontecimento amoroso...

Que magnetismo nos atrai

E não nos retrai...

Nos solta para a concretização

Da entrega ao amor de paixão...

Sôfrego e acalorado

Sentido e apaixonado...

Porque quero a consumação

Do nós até à nossa exaustão...

Porque sou teu: porque somos seres especiais

Na entrega ao amor... Nos desejos infernais...

João Paulo S. Félix  

 

As emoções do coração...

 As emoções do coração...

O dia finda

A cortina é corrida...

Fica o silêncio e tanta solidão

Fica o tempo para olhar a imensidão...

Pegar numa bebida e discorrer

Sobre tudo o que tende a acontecer...

Sobre o que faz viver

O que faz querer mais fazer...

Fazer surgir

Como criação que deixa fluir...

Algo altivo e belo

Algo marcante e singelo...

O que nos invade

O que nos dá infinita vontade...

De viver na vida da verdade

Algo que dá liberdade...

Liberdade de sorrir

Liberdade para construir...

Os afetos

Tão honestos...

Que unem humanos

Em acontecimentos soberanos...

O amor

Esse sentimento de fervor...

O amor da entrega afrodisíaca

A mais beijos ardentes de sede apocalíptica....

A gritos de luxúria da corporal oferenda

Ao amor que repara toda a fenda...

Que faz transcender

Que dá livre passe para fazer acontecer...

Tudo o que de mais belo existir

Entre nós no que tende a surgir...

E dá carta de alforria 

Para juntos vermos a luz de cada dia...

E viver com firme intenção

Tudo o que une no amor e na paixão...

Nas emoções... Nas emoções do coração...

João Paulo S. Félix  

Amor nosso de doce esplendor...

Amor nosso de doce esplendor...

Aí solidão

Sim falo-te ao coração...

Com a saudade que me povoa

Aquela que magoa...

Aquela que leva a sentir o vazio

O vazio de sentir gélido frio...

Quando mergulho nas entranhas do que vivemos

Do que tivemos...

Que momentos

Momentos feitos doces sentimentos...

Que jamais olvido e recordo todos os segundos

Dos olhares e das ternuras...

Que curavam as lamúrias

Com gestos de canduras...

Com os beijos reparadores

Das feridas dos mundos desoladores...

E com os abraços fortalecedores

Que têm chama e efeitos galvanizadores...

Para enfrentar o mundo e as vozes

Da populaça lá fora em qualquer praça...

E possamos calar quem devassa

A privacidade...

Do nós de imortalidade

Do nós sentimento de verdade...

O nós

Sim.. Um nós que afasta o sós...

Um nós de amor e paixão

E entrega sôfrega na exaustão...

Do que é nossa condição

Amor: falo com a razão...

De sem ti, o viver ser ilusão

Porque és vida e solução...

Para a minha vital equação

Porque te amo no nosso amor...

O amor nosso de doce esplendor...

João Paulo S. Félix  

Na hora noturna...

Na hora noturna...

Quando sinto um nó mental

Por vontade de escrever algo colossal...

Eis que... do nada

Surge palavra sublimada...

Que leva a encontrar luz

E a escrita ela conduz...

Para algo com sentido

Para algo vivido...

A emoção do amor

Esse sentimento de furor...

Desejado por todo o humano ser

Que tem a ambição de não morrer...

Sem ao corpo oferecer

Os caprichos dos gemidos...

Sentidos e sofridos

Que libertam suor e lágrimas...

Pelos corpos em chamas

Que seca é esta fornalha...

Que inflama e no meio da simplória tralha

Onde nos amamos...

Onde nos ofertamos

Como manjar suculento...

Com baixamos defesas para o sentimento

E onde tudo acontece...

E em ti o meu corpo amanhece

E em mim tudo floresce...

E em mim eu sou teu

E tu minha, doce criatura do altivo céu...

Porque somos juntos mescla una

Porque somos concretização: na hora noturna...

João Paulo S. Félix