Sunday, October 9, 2016

Emigrantes fascinantes...


Emigrantes fascinantes…
Ei-los que partem, os emigrantes…
Para longe das suas casas para destinos distantes…
Ei-los que vão…
Com malas cheias e com um vazio no coração…
Oh cruel realidade…
A que leva seres de qualquer idade
Para longe do berço, para longe dos afetos
Para tentar ganhar o pecúnio para pagar os seus tetos…
Vão cheios de tudo: até de saudades…
Dos que para trás ficam com lágrimas despidas de felicidades…
Tão duro sair por obrigação
E deixar uma nação
Deixar para trás elementos da infantil idade…
Deixar para trás os seres feitos paternidade
Ei-los que partem com as tecnologias na mão…
Para com casa estabelecer comunicação…
Que dor esta de ver partir
Quem se quer perto, quem se quer sempre ver sorrir…
Que dor esta de ver os seus lares evadir
Quem gostávamos de ver sempre as portadas pela manhã abrir...
Estejam e vão para onde forem
Que sejam acalentados nos momentos em que chorem…
De vontade de tudo desistir e largar
Para regressar ao lugar…
Lugar que é país natal…
A este recanto chamado Portugal…
Que sejam sempre abençoados e guardados…
Para que possam ir…
Mas que um dia possam vir…
E voltar abraçar
Quem muito e sempre vão amar…
Que sejam rápidas as chegadas
E as partidas demoradas…
Para que as saudades possam ser todas mitigadas…
E sejam sempre do seu país amantes
Os nossos emigrantes: os nossos emigrantes fascinantes…


João Paulo S. Félix

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