Emigrantes
fascinantes…
Ei-los que partem, os
emigrantes…
Para longe das suas
casas para destinos distantes…
Ei-los que vão…
Com malas cheias e
com um vazio no coração…
Oh cruel realidade…
A que leva seres de
qualquer idade
Para longe do berço,
para longe dos afetos
Para tentar ganhar o
pecúnio para pagar os seus tetos…
Vão cheios de tudo:
até de saudades…
Dos que para trás
ficam com lágrimas despidas de felicidades…
Tão duro sair por
obrigação
E deixar uma nação
Deixar para trás
elementos da infantil idade…
Deixar para trás os
seres feitos paternidade
Ei-los que partem com
as tecnologias na mão…
Para com casa
estabelecer comunicação…
Que dor esta de ver
partir
Quem se quer perto,
quem se quer sempre ver sorrir…
Que dor esta de ver
os seus lares evadir
Quem gostávamos de
ver sempre as portadas pela manhã abrir...
Estejam e vão para
onde forem
Que sejam acalentados
nos momentos em que chorem…
De vontade de tudo
desistir e largar
Para regressar ao
lugar…
Lugar que é país
natal…
A este recanto
chamado Portugal…
Que sejam sempre
abençoados e guardados…
Para que possam ir…
Mas que um dia possam
vir…
E voltar abraçar
Quem muito e sempre
vão amar…
Que sejam rápidas as
chegadas
E as partidas
demoradas…
Para que as saudades
possam ser todas mitigadas…
E sejam sempre do seu
país amantes
Os nossos emigrantes:
os nossos emigrantes fascinantes…
João Paulo S. Félix
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