Douro universal…
Por ti passo com a vertigem do tempo
Olho, contemplo tudo o que é elemento…
Olho para ti e me inclino com reverência
Perante ti me ajoelho e da tua imponência…
És o sacrário vivo de uma região
O orgulho de uma gente, o baluarte de uma nação…
És o Douro…
Um Douro feito tesouro…
Muito mais valioso do que pratas diamantes ou ouro…
Olho-te em meu redor
E por ti me sinto engolido sem pudor…
Cada lugar teu
É memória de um povo que gemeu…
Cada vinha que em ti fica e se localizou
É prova do esforço de uma gente que não se vergou
Que não se vergou: que te trabalhou e em ti gritou…
Gritou, riu, chorou…
És a centenária Demarcação
És o Douro do nosso coração…
És rio, és socalco, és vinha
És o deleite de quem em ti caminha…
És o apetecível alvo dos curiosos
Que vêm a ti em passos furiosos
Para te gravar
Para te fotografar…
Como se pudesses tu ser reduzido
Reduzido e reproduzido
Num banal álbum fotográfico de rasca qualidade…
Tu és o Douro da Humanidade…
És no cosmos uma pérola sem idade
És no mundo um lugar de valor soberano…
Em ti se vivem amores, sentimentos de um lugar mundano
Em ti estão os vinhos da mundial fama e glória
Em ti estão memória…
Páginas brilhantes da nossa História
Que se exorciza em cada copo e cálice que se bebe e saboreia
Porque és ciência que não se esgota numa vida inteira
Porque és lugar único e sem igual…
Porque és Douro: o Douro Universal…
João Paulo S. Félix
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