Dá-me música…
Peço-te numa atitude
de súplica
De súplica de alguém
para quem és única
A única e somente
Aquela que dilacera a
alma carente
És tu o fogo que mata
a solidão
És tu a água que
inunda a imensidão
De um sentimento, de
um coração
Dá-me música, por
favor…
Peço-te com todo o
fervor
Peço-te música e que
me dês a tua melodia
Aquela que sai dos
teus lábios e que me arrepia
Aquela que rompe
barreiras
Aquela que quebra
fronteiras
Dá-me uma música de
proximidade
Uma melodia
alucinante
De entrega, amor e paixão
Que nos leve e eleve
para um nível superlativo de coroação
Por favor… Grito que
me dês música corporal
Aquela fora do
normal… Aquela que nos torna febris
Febris e a arder… a
fugir de todos os carris
Deixa-te orquestrar
por mim
Deixa-me entrar no
teu mais sagrado jardim
Aquele que está no
teu corpo…
Aquele que me faz de
ti desejoso
Deixa-me pautar a
nossa entrega por ritmos e silêncios
Em momentos em que as
palavras são desperdícios
Desperdícios em
momentos em que a geografia é sublimada
A geografia humana… A
busca da felicidade na pessoa amada
Para se viverem
momentos de loucura fora do comum
Para se viver na
vida, no altar do delírio
Aquele em que cada
toque serve de arrepio
Em que cada beijo se
torna alimento
Em que cada caricia e
entrega se torna contentamento
Tudo isso porque se
vive ao tempo
Ao tempo da melodia
do amor
Aquela que se quer…
Com todo o fulgor…
João Paulo S. Félix
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