Thursday, October 17, 2013

Dá-me música...


Dá-me música…
Peço-te numa atitude de súplica
De súplica de alguém para quem és única
A única e somente
Aquela que dilacera a alma carente
És tu o fogo que mata a solidão
És tu a água que inunda a imensidão
De um sentimento, de um coração
Dá-me música, por favor…
Peço-te com todo o fervor
Peço-te música e que me dês a tua melodia
Aquela que sai dos teus lábios e que me arrepia
Aquela que rompe barreiras
Aquela que quebra fronteiras
Dá-me uma música de proximidade
Uma melodia alucinante
De entrega, amor e paixão
Que nos leve e eleve para um nível superlativo de coroação
Por favor… Grito que me dês música corporal
Aquela fora do normal… Aquela que nos torna febris
Febris e a arder… a fugir de todos os carris
Deixa-te orquestrar por mim
Deixa-me entrar no teu mais sagrado jardim
Aquele que está no teu corpo…
Aquele que me faz de ti desejoso
Deixa-me pautar a nossa entrega por ritmos e silêncios
Em momentos em que as palavras são desperdícios
Desperdícios em momentos em que a geografia é sublimada
A geografia humana… A busca da felicidade na pessoa amada
Para se viverem momentos de loucura fora do comum
Para se viver na vida, no altar do delírio
Aquele em que cada toque serve de arrepio
Em que cada beijo se torna alimento
Em que cada caricia e entrega se torna contentamento
Tudo isso porque se vive ao tempo
Ao tempo da melodia do amor
Aquela que se quer… Com todo o fulgor…

João Paulo S. Félix

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