Balançar: Balançar
para te poder amar…
Numa certa tarde da
outonal estação
Recebo de ti uma
mensagem, um convite feito tentação
Para contigo ir ter
ao parque infantil
Dou por mim a julgar…
Que estás deveras senil
Mas sigo em mim um
impulso
Impulso para seguir o
meu curso
Que me conduz a ti…
Que te vê naquele lugar
Ao lado do baloiço e
para mim começas a olhar
Olhar e a provocar
Dizes-me… Vem-me
empurrar
Empurrar para desse
modo me puderes amar
Sinto êxtase e de ti
me vou abeirar
Te vejo a sentar…
A sentar e a quereres
balançar
Balançar naquele
baloiço
E nele só o coração e
o sentimento ouço
Já no alto céu te
sentes
Nele consigo
vislumbrar os teus cabelos resplandecestes
Sinto algo que me
leva a te deter
A te deter e para mim
te querer
Paro o teu baloiçar
Baloiçar… Balançar…
Para te poder beijar
Paro e começo a sugar
Dos teus lábios a
razão do meu existir
O fundamento para ali
ter de ir
Ir e contigo fazer a
jura de progredir
Sempre nos passos e
caminhos do nosso amor
E sinto arder,
queimar, arrasar… Aquela chama de esplendor
E mais te beijo, mais
te desejo
E a ti me declaro de
modo eterno
Na vivência de um
manancial
Sempre muito especial
Porque no amor nunca
se sabe o que se pode esperar
Nunca se sabe, onde
vamos parar
Mas sabemos
seguramente… Que nunca vamos vacilar
Porque o desejo é
sempre balançar
Balançar com o
oxigénio de quem quer abraçar
Abraçar e caminhar…
Numa paixão, num amor sempre fora do vulgar…
João Paulo S. Félix
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