Infernos de paraíso...
Inferniza a minha calma
Vem desinquietar a minha alma...
Vem tirar a paz aos meus dias
Vem romper as minhas rotinas...
Faz parar os meus tempos
Vem ser causa dos meus alentos...
Vem ser furacão silencioso
Que causa inquietação no sistema nervoso...
Vem despoletar a maldade corporal
Aquela que desperta o nosso animal...
Que se alimenta por instinto
Que se move pelo olfato faminto...
Vem ser a causadora da minha morte
Porque quero a fuga à pouca sorte...
Sim a morte aos tempos solitários
Vem ser a duplicidade dos gemidos desejados...
E na loucura soltados
Com os decibéis completamente descontrolados...
Vem desafinar o silêncio das horas
Vem ser a loba das ocasiões gloriosas...
Aquelas da entrega sôfrega e desenfreada
Aquelas em que o nós é o tudo ou nada...
Em que o amanhã fica para depois: se ele houver
Porque mais nada importa do que a entrega homem e mulher...
A entrega em ritmos de adrenalina
Em que acelera e evolui a oxitocina...
Vem ser
Vem fazer acontecer...
O fim da minha paz
Vem: porque sei daquilo que és capaz...
Vem ser a porta escancarada
Para a sensualidade descarada...
Aquela que se vive e que eu preciso
Vem ser, por favor... Infernos de paraíso...
João Paulo S. Félix
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