Até que a morte nos separe...

 

Até que a morte nos separe...

Haverá no mundo sentimento maior

Do que aquele que é da solidão redentor?...

Haverá na vida maior razão

Do que viver o sentimento de coração?...

Haverá algo melhor

Do que viver o amor?....

Esse magno estado

Que nos torna ser inconformado...

Inconformado e com vontade de mais

De mais momentos, de soltar em brados os ais...

Como na cópula dos animais

Soltar o animalesco instinto...

Para dar corpo a isto que sinto

À corpórea vontade...

De te levar à eternidade

De te servir a imortalidade...

Em beijos sedentos de intensidade...

Em abraços de conformação

Para viver até à humana exaustão...

Este sentimento que envolve

Este sentimento que se desenvolve...

A cada momento

Em cada pensamento...

Incessante

No outro ser apaixonante...

Apaixonante a viciante

Porque quem a vida daríamos...

Porque quem o coração doaríamos

Porque quem daríamos corpo e alma...

E por quem venderíamos ao demo a nossa calma

Porque o outro é a divina confirmação...

De que o amor não é quimera ou ilusão

Quão intenso és tu amor...

Sentimento de insofismável fulgor

Amor: como te amo e tal não refuto...

Amor fica comigo até ao luto

Fica a meu lado sempre e até ao fim...

Fica: não te afastes de mim

Porque o tempo sem ti é tortura...

Porque cada instante sem ti é clausura

Porque te amo...

E por ti clamo

Porque por ti choro na humildade...

Do sentimento mais doce legado à Humanidade

Sê meu faro de luz...

Vem ser quem me conduz

No sentimento que acarinha e seduz...

No sentimento que completa

Sentimento feito humana meta...

Sentimento que o ser sempre declare

Porque te amo meu amor: Até que a morte nos separe...

João Paulo S. Félix