Nos tempos do coração...
A serenidade convida com ponderação
A escrever com a suavidade da criação...
Para trazer a lume, a doce claridade
De uma missiva sentida e de verdade...
Uma mensagem intensa
Uma mensagem extensa...
Que tem a duração de uma vida
A humana vida ,esta, da cárnea corrida...
De corridas para todo o lado e lado nenhum
Para lugares isolados ou onde pensamos em comum...
Uma vida na qual desejamos a fuga da banalidade
E viver: viver até à saciedade...
Um sentimento de amor e de verdade
Um sentimento que desperta e mortifica a maldade...
Um sentimento que dá corpo à alma
Um sentimento que nos pulveriza de calma...
Um sentimento de pensamento constante
O sentimento de amor: o amor fascinante...
Um amor em que tudo faz sentido
Um amor que faz silenciar mundano alarido...
E viver o magno estádio
Que põe fim ao solitário gládio...
E nos leva para uma dimensão colossal
Onde somos únicos a viver algo especial...
A viver: mas a viver o que? O que é isto dotado de esplendor?
É o amor...
O amor que leva a amar
Até à óssea realidade se despedaçar...
Até o coração deixar de pulsar
Até o pulmão deixar de ar receber...
E eu: eu deixar de forças ter...
Mas até isso ser real
Deixa que o nosso beijar seja especial...
Que o nosso abraço venha a ser imortal
Que o nosso olhar venha incendiar...
Com desejos da imoralidade
Aqueles da realização da sexualidade...
Da entrega à cumplicidade
Da entrada no Eden da imortalidade...
Onde nos quero
Onde te espero...
Porque te amo, isso eu sei
Porque te amo e de ti não desistirei...
Porque por ti eu já clamei
Aos deuses dos humanos e dos ateus...
Para que os meus sentimentos sejam eternamente teus
E sejamos amor vivido...
E sejamos desígnio cumprido
Nos tempos humanos do amor e da paixão...
Que sejamos amor: Nos tempos do coração...
João Paulo S. Félix
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