Quando a noite beija com fulgor...
Quando a noite toca o dia
E dança com ele doce e terna melodia...
Quando a noite vem ao findar
Da jornada na qual se tendeu a gladiar...
Por sonhos e objetivos
Sejam eles do profissional ou afetivos...
Porque quando a noite nos vem
Todo o pensamento nos advém...
E tendemos a desligar
Da rotina, da vertigem e do que tende a perturbar...
E partir... Com a mente sem a privar
Com ou sem melodia...
Porque também sabe bem o silêncio após correria
Com ou sem um copo...
Com ou sem corpo
Sim... A sós ou na cumplicidade...
Do amor vivido seja lá em que localidade
Com ou sem a roupa...
Que mais atrapalha do que o tempo que poupa
Com olhar mais ou menos matador...
Dependendo do quanto se quer ser mais ou menos dominador
Dominador e persuasivo...
Para aquilo que se quer realizar e tornar ativo
O desejo, o carnal...
Aquele que nos faz ser canibal
E ser autêntico animal...
Com fomes apuradas
Para as loucuras desejadas...
Com o ser amado
Aquele que nos tem a vida tocado...
Com aquele que nos faz
Sem o ar ficar...
E querer assim ficar
A sufocar no infernal...
Estádio que se vem a realizar
Em nós e entre nós...
Porque assim é melhor... do que a sós
E o corpo começa a tremer...
E o suor a querer escorrer
O suor... o gemido...
A súplica para o que não se quer reprimido
Como a vontade louca de amar...
Como a vontade insana de se entregar
A quem dá sentido ao ato de pensar...
Ao ato de mais querer
Ao ato de mais não querer sofrer...
E sempre querer viver...
Viver para imortalizar... Viver o amor
Que acontece sempre... Sempre que a noite beija com fulgor...
João Paulo S. Félix
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