Escuta do coração…
Tic, tac, tic, tac, o
som da maquinal criação
Que nos conduz à
reclusão…
Uma reclusão infernal
De trabalho neste mundano
pantanal…
Ir para fazer
Sair em vertigem e a
correr…
Sem saborear
O pequeno momento de
vagar…
Que o reles café nos
possa ofertar
Sentir o seu aroma e
sabor…
Raio de vida sempre a
todo o vapor
Quando o mais
importante…
O mais desafiante
Não é o ter…
Mas o perceber
Que o dinheiro e os
bens…
Só nos fazem reféns
E que o mais valioso…
É o sentimento de
cada momento desejoso
De cada olhar trocado…
De cada abraço bem
apertado
O ouvir da voz do ser
amado…
De quem no pensamento
se encontra destacado
Quando o mais
importante não é um cartão…
Mas aquele beijo que
leva à exaustão
E nos conduz à humana
perdição…
No sexo ou no amor
realizado
Conforme o prisma
como é encarado…
O ato da atração
Que se faz com a
sedução…
Da cumplicidade sem
senão
Da vontade do outro
consumir…
Cada fluido que se
faça surgir
Cada gota do suor que
se faça escorrer…
E a saliva do canto
da boca a aparecer
Do beijo fogoso,
lânguido e que faz arder…
Amor sentimento vital
Para atitude especial…
De nos marcar e nos
sagrar
Neste lugar, nesta
dimensão…
Onde crucial se torna
a escuta do coração…
João Paulo S. Félix
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