Alfabetização dos
sentimentos…
Passamos na vida em
passo vertiginoso
Andamos pelas ruas e
vielas de modo ansioso…
Passamos sem parar
Corremos sem saborear…
Cada ocasião
Que o tempo parar,
nos possa levar à reflexão…
Do sentido da vida
Se é esta infernal corrida…
Ou se é o sentir
O que nos toca e faz
sorrir…
Se é o falar
Sobre o que nos vem a
exaltar…
Algo que nos vem
acalentar
Acalentar e exacerbar…
E nos convida a
verbalizar
Aquele momento de
vociferar…
Aquele ato de beijar
De modo lânguido e
sem cessar…
Ou aquele abraço que
vem a acrescentar
A doçura e o calor
que a fria estação nos vem retirar…
Falar também dos
olhares
Que queimam, inflamam
e tiram ares…
E convidam à loucura
Da luxúria feita corpórea
bravura…
Da mescla, do toque,
da demarcação
Daquele ser como
sendo da nossa condição…
Ou então dos gemidos de
elevação
A dimensões
platónicas, cósmicas e de excitação…
Falar da cumplicidade
Que se gera sem a
marca da idade…
Ou porque não também velejar
No veleiro do que o
amor nos venha a desvendar…
Nesta aventura
colossal
Onde tudo é divino,
onde cada ocasião é infernal..
Onde cada momento é
marcante e sensacional
Porque tudo isto
ocorre quando se fala dos vivificantes elementos…
Quando se leva a
efeito a alfabetização dos sentimentos…
João Paulo S. Félix
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