Amor que é ato de alentar...
Acalma-me a noite na sua essência
E o seu silêncio de promessas de inocência...
Serena-me a luz do candeeiro
Que me leva a redigir um roteiro...
De emoções e sentimentos
De saudades e pensamentos...
Um roteiro com ternura
Que seja relato de doce bravura...
Em amar
A esse ato se ousar...
Ousar chegar
Ousar realizar...
Para que a certeza seja una
A que não pertencemos a esta comuna...
Mas a uma realidade especial
Onde só chega quem faz real...
O doce estar no amor
No amor: sentimento de esplendor...
No amor docemente redentor
No amor e vontade de viver...
Para de todas as emoções se absorver
Para de todo o ósculo se beber...
O desejo de não envelhecer
E a vontade de o tempo gelar...
Para sem hora se abraçar
Para sem tempo de copular...
Na sôfrega necessidade
De fazer divina a imoralidade...
Da vontade da carne e da matéria
Coisa intensa e coisa séria...
Para se fazer nascer a plenitude
Que nos faz gerar virtude...
E ancestral atitude
A atitude da felicidade...
De viver amor sem idade
Um amor em qualquer localidade...
Um amor de especialidade
Um amor de eternidade...
Que nos grava na alma
O nome de quem a dor espalma...
O nome de quem afasta a solidão
O nome de quem tem o código do nosso coração...
E nele mora e habita
E nele tudo faz existir de forma gratuita...
A gratuitidade da bonança
A existência da boa esperança...
Num amor para completar
Num amor para exacerbar...
Um amor... Amor que é ato de alentar...
João Paulo S. Félix
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