Se eu fosse Deus... O universo seria teu...
Tomara os poderes perfeitos
Para fazer rumos direitos...
Sem máculas ou defeitos
Poder criar a eternidade...
Em tempos nada perenes e de efemeridade
Tomara eu o amanhã saber...
Para no hoje me precaver
Nas emoções a sentir...
Nos trilhos a assumir
Pudesse do amanhã ser sabedor...
E seria dotado de dom feito esplendor
Para saber do amor...
Desse sentimento avassalador
Soubesse eu do amanhã o destino...
E viveria o hoje sem desatino
Fosse eu sabedor da taluda...
E viveria a vida sem decisão que desiluda
Mas viver é sobre ser imprevisível...
E viver mediante a mão invisível
É viver sem ar...
É viver o verbo amar
Sem saber se amanhã haverá viver...
Sem saber
Se o amanhã irá acontecer...
Para no hoje não se morrer
No arrependimento de não fazer suceder...
A emoção que arde no coração
O pensamento que conduz à exaustão...
Porque não há questões
Nem suposições...
Mas intensas e firmes proposições
Do que se quer aqui, agora...
Sem tempo perder, sem demora
Porque cada minuto, o tempo devora...
Porquê orgulho e porquê insuportável humor
Quando o que importa é o amor...
Quando importa o beijo que se quer dar
E o abraço que se quer eternizar...
E o corpo que se quer sagrar
Na entrega sem cessar...
Porque se soubéssemos o futuro
O hoje teria o sabor do imaturo...
E teria o sabor a descartável
Porque importa tudo viver com intensidade...
Sem olhar ao fim da humana humanidade
Porque importa o amor, a paixão
A cumplicidade feita extrema dimensão...
Porque se eu fosse Shakespeare seria eu o teu Romeu
Porque se eu fosse Deus... Todo o universo seria teu...
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