Nas horas da madrugada...
Nas horas da noite me desperto
Para ter cada sentido bem aberto...
Aberto e preparado
Para o que vai ser narrado...
Para aquilo que é digno de um tratado
E vamos nos braços dos segundos...
Falando em sentimentos profundos
Aqueles que nos bem fazem...
Aqueles que nos envolvem
Aqueles que corações aquecem...
E emoções amanhecem
Nas noctívagas horas...
Aquelas em que tanto ris como choras
Mas seguimos confiantes...
Embalados pelos silêncios acutilantes
Aqueles que são marcantes...
E nos lembram ocasiões brilhantes
De respirações ofegantes...
De corpos nudos e suplicantes
Em gemidos e desejos desesperantes...
Para a subida ao céu dos infernos
Em cumplicidades de gestos ternos...
Nos quais de gera a entrega de esplendor
Naquela em que se vive: o sentimento de amor...
Com fervor, com delicadeza
Com o pensamento da nobreza...
Feita elevação de trato e de cumplicidade
Num estádio sem lugar à idade...
Num amor de inenarrável memória
De ser tão perfeita história...
De intimidade
De entrega nas noites da cidade...
Dos beijos trocados em seara alheia
E dados na imensidão da aldeia...
Ou dos carinhos lentos sem fila
Dados em qualquer viela da vila...
Porque amor é assim
O inusitado jardim...
De beleza e encanto
De ternura que afasta o pranto...
Porque o amor é audaz
E de tudo ele é capaz...
De superar e transcender
E de luz a vida preencher...
E ser a tónica bebida da motivação
Para que seja sentimento vivido até à exaustão...
Até ao infinito e mais além
Até aos pináculos das colinas sem desdém...
Porque amor é assim sentimento da alvorada
Falado, querido e sentido: nas horas da madrugada...
João Paulo S. Félix
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