Friday, February 19, 2016

É amor...



É amor…
É amor quando sentes dor…
É amor quando sentes o esplendor
Que pode causar a ausência, a carência do odor…
Que envolve, fica, grava e perdura
É amor quando sentes que o outro é a cura…
Para a solidão e para as incertezas…
Para as trevas, inseguranças
É amor quando no outro se depositam esperanças
Que a vida seja de luz, sol e essência
É amor… É amor quando choras sem saber
Que essas lágrimas que pelo rosto caem tem um ser
Que as faz ao mundo vir
Para virem gritar e dizer
Que são o sinal…
De que o outro é especial…
É amor…
É amor magno de valor
Quando te sentes envolvido e seduzido
Por um olhar, por uma palavra, por um sorriso produzido
Por um gesto ou sentimento feito sentido…
É amor quando gritas
É amor quando te agitas
É amor quando não te conformas
Com as mundanas normas
É amor quando exiges do amor o melhor…
É amor quando dele exiges o sangue e o suor…
Os gemidos, os fluidos… O valor…
Que tem a entrega e a convicção
Do outro ser a certeza que vem do coração
De se querer viver para sempre esta paixão
Feita nossa humana razão
Feita realidade na irrealidade que é a humanidade
Rotineira, banal e sem ideal
É amor quando o outro é calor e o norte ponto cardeal
Que faz sentir a certeza de ele ser o futuro
Do nosso amor feito derrube de todo e qualquer muro
É amor quando queres um alguém de verdade
Sem olhar a local, hora, tempo ou idade…
Porque é amor quando este sentimento queres para toda a eternidade…
E dele fazeres a mais altiva e imponente imortalidade…
João Paulo S. Félix

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