Nos braços da noite…
Nos braços da noite
vociferamos promessas
Feitas aos fiéis e
sempre atentos profetas
A quem nos entregamos
A quem nos
consagramos…
Nesta noite e na
nossa vida
Aquela nossa em que
toda a vivência é sentida
Como se sente a chuva
que cai e molha o chão
Assim como se ouve o
rugir do trovão
Assim grita nosso
coração
Num ato de paixão…
Da nossa paixão e
exaltação
Nos braços da noite
cantamos e nos abraçamos
Nos beijamos e nos
esfregamos
Num ato de
cumplicidade sem fim
Ainda mais cúmplice do
que a raiz da flor daquele jardim
Que fabuloso é me
poder sentir teu
Assim como se sentiu
Romeu
Ao se deleitar com
Julieta
Que foi a sorte maior
que lhe saiu na humana roleta
Aquela em que se
querem amores
Amores com odores
A sentimentos e
esplendores
Amores de
envolvimento
Envolvimento do ser
amado
No nosso reinado e
consulado
De felicidade e
razões de viver
Um no outro sem
pensar no que venha a acontecer
Num amanhã ainda longe
e turvo
Perante o qual não me
curvo
Porque quero contigo
o agora da imortalidade
Para contigo viver
este amor sem idade
Que quebra toda a
corrente ou estado de rendição
Porque o nosso amor:
é amor de perdição…
João Paulo S. Félix
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